06 março 2015

Criação com apego

Desde antes da gestação quando ainda era tentante eu lia muito sobre criação de filhos e tinha um preconceito a esse tipo de criação com apego, hoje que sou mãe leio as mesmas coisas de antes e não me vejo fazendo nada do que as outras teorias pregam (cuspe na testa mode on) e vou contar o por quê:

Quando eu recebi pela primeira vez a Lorena nos meus braços, aquele pacotinho de bochechas rosadas eu me apaixonei imediatamente, senti aquele cheiro inexplicável e foi como um imprinting uma coisa animal que vai além da razão, foi meu instinto falando mais alto. Dali pra cá eu fui entendendo que nenhuma teoria te ensina como cuidar do seu filho, nenhum médico, psicologo conhece tão bem seu filho como você e o pouco de experiência que eu tive me diz que estou certa.

Na primeira noite em casa eu tinha plena convicção que Lorena não dormiria em outro lugar senão no seu berço em seu quarto (sabe de nada inocente, kkk) e foi o que eu fiz, dormi na cama da babá e ela no berço, foi a pior noite da minha vida, eu estava cheia de dor a cama era mole e toda vez que eu tinha que levantar era um suplício , resumo da ópera em quase três meses Lorena dormiu no quarto dela umas cinco vezes e a maneira que encontrei melhor para nós foi no carrinho do lado da minha cama, algumas vezes na minha própria cama. E só quem já fez isso sabe o quanto é gostoso sentir sua cria do seu ladinho (agora ela segura meus cabelos e fica cheirando, kkk). Agora vou colocar o berço dela no meu quarto porque o carrinho está pequeno, até eu ter coragem de coloca-la para dormir sozinha, que eu não estou com nenhuma pressa para que isso aconteça. Esse foi só um único exemplo, mas ainda tem colo toda hora, peito toda hora, de não conseguir ouvi-a chorar e por aí vai.

Lorena dormindo no colinho

Por esses inúmeros exemplos acima eu tenho certeza que a criação da Lorena será com apego, muiiiiiiiiiiito apego, kkk. Quero que ela confie em mim, receba muito carinho e se sinta amada, alguns confundem com mimar a criança, como eu pensava, hoje vejo que é amar a criança e colocar as necessidades dela em primeiro lugar, antes de rotinas, horários, fórmulas e teorias. E tem dado certo cada dia aprendo mais sobre ela e consigo decifrar seus olhinhos brilhantes, o que me deixa muito feliz!

Existe um site que dá para aprender mais sobre esse método, clique aqui mas eu não sigo a risca eu me sigo, kkk. E também tem uma entrevista maravilhosa com o pediatra Carlos Gonzales que explica um pouco sobre a criação com apego e vou deixar aqui:

"Não há adulto na prisão porque os pais deram afeto demais", diz pediatra

Sou um pediatra a favor das crianças." É assim que se define Carlos Gonzalez, médico pediatra há 25 anos. Espanhol, autor de oito livros, fundador da Associação Catalã de Amamentação e pai de três filhos já adultos. Ele conta que escolheu essa profissão pela oportunidade de poder conversar com as crianças.

Na contramão de muitos colegas de especialidade, Gonzalez se coloca a favor de acolher a criança toda vez que ela chora e de que os pais dividam a cama com o filho, se essa for a melhor forma de conduzir o sono da família, entre outros pontos polêmicos.

Nesta entrevista, o especialista coloca os seus pontos de vista sobre esses e outros temas relacionados aos cuidados com a criança.

UOL Gravidez e Filhos: A cama compartilhada é muito criticada por alguns profissionais. O que o senhor pensa sobre esse assunto?

Carlos Gonzalez: Ninguém pode definir onde é melhor uma criança dormir, a não ser a própria família. O importante é que os adultos saibam que têm o direito de escolher a forma que é melhor para o sono de todos. E que podem mudar quando essa maneira parar de funcionar.

UOL Gravidez e Filhos: Por que muitos pais esperam que seus filhos durmam sozinhos?

Gonzalez: Alguns dizem que "nós temos de ensinar as crianças a dormirem como se deve". Acontece que a forma normal para os humanos dormir é acompanhada. A maioria dos humanos dorme acompanhada durante boa parte da sua vida. Se tivéssemos de ensinar alguma coisa, seria dormir assim. Mas isso não é necessário.

A vida tem diferentes fases. Quando crianças, dormimos acompanhados, quando jovens, dormimos sozinhos por pouco tempo e, ao atingir a idade adulta, voltamos a dormir com alguém, às vezes, só com o nosso parceiro, e, por longos períodos, também com os nossos filhos.

UOL Gravidez e Filhos: Por que não se deve deixar os bebês e as crianças chorando, como sugerem muitos pediatras?

Gonzalez: Porque eles estão chorando! É tão óbvio que não vejo a necessidade de uma justificação adicional. Sou um médico, trato pacientes com tuberculose. Por que não se deve deixar uma pessoa com tuberculose? Ninguém faz tal pergunta. Sou pai, consolo meus filhos chorando.

UOL Gravidez e Filhos: Muitos médicos criticam atitudes como ceder ao choro da criança ou acolher o filho que chora; dormir na mesma cama, ninar a criança ou oferecer o peito para que ela durma e, por fim, amamentar em livre demanda e até o desmame natural. Por que o senhor os considera tabus?

Gonzalez: Esse é o mistério. Por que essas coisas são "proibidas"? São, justamente, a parte mais agradável de ter filhos. Se você carrega seu filho em seus braços, vão dizer: "assim ele nunca vai querer andar", mas, se você levar em um carrinho de bebê, ninguém lhe diz isso. É que nenhuma criança vai se acostumar com o carrinho? Claro que não. Nenhuma criança se acostuma nem com o carrinho nem com os braços. Não acho que as crianças são seres do mal, à espreita nas sombras, sempre à espera de uma oportunidade para "manipular" os pais. As crianças nos amam e precisam de nós.

Os pais devem fazer o que acham correto. Meus pais não precisaram de qualquer teoria ou de um especialista para cuidar de mim. E meus avós menos ainda. É preciso deixar os livros e as teorias de lado e olhar para seu filho. E decidir você mesmo. Seu filho chora quando você o deixa no berço e se acalma quando você o pega. O que acha que deve fazer? Seu filho está brincando com uma faca afiada. O que você acha que tem de fazer? Será que você realmente precisa de uma autoridade que te dê permissão para confortar e cuidar de seu bebê quando ele chora ou de alguém que te mande pegar a faca da mão dele?

UOL Gravidez e Filhos: Por que muitos pais têm tanto medo que seus filhos fiquem mal acostumados? O afeto, abraços, conforto podem prejudicar a criança?

Gonzalez: Não há nenhum adulto na prisão ou no manicômio porque seus pais deram afeto demais, cantaram para ele dormir, contaram muitas histórias e o consolaram quando ele estava chorando. Infelizmente, é exatamente o oposto: há pessoas na prisão ou em manicômio porque foram abusados por seus pais, abandonados ou humilhados.

UOL Gravidez e Filhos: O senhor é fundador e presidente da Associação Catalã de Amamentação. Qual é a importância da amamentação prolongada?

Gonzalez: O leite materno não perde valor nutritivo com o tempo. Portanto, as mães podem amamentar até quando a criança desmamar naturalmente ou quando ela decidir parar. O leite materno vai continuar nutrindo a criança, mesmo que ela seja mais velha e coma outros alimentos. Eu, por exemplo, com mais de 50 anos, ainda tomo leite de vaca. O leite de vaca não alimenta mais depois de uma certa idade? Algumas coisas que dizem sobre a amamentação são absurdas.

UOL Gravidez e Filhos: Muitos pais fazem de tudo para que a criança coma: ligam a TV, ameaçam tirar algo do filho, prometem recompensas. Isso é necessário?

Gonzalez: De nenhuma forma. Ao contrário, é perigoso. Temos na Europa toda, e creio que no Brasil também, uma epidemia de obesidade infantil. É perigoso insistir para que uma criança coma mais do que deseja.

UOL Gravidez e Filhos: Mas como saber o quanto é necessário que a criança coma?

Gonzalez: Muito fácil. Coloque a comida na frente da criança e ela comerá o que é necessário. Sozinha. Com a colher ou, se ainda não souber usar, com as mãos. É claro que uma criança enferma pode perder o apetite e comer menos do que o necessário e começar a perder o peso. Nesse caso, é preciso levá-la até um médico para diagnosticar e tratar sua doença. Mas não se deve obrigá-la a comer, porque isso não vai curá-la.

UOL Gravidez e Filhos: Como ajudar as crianças a terem uma relação saudável com a comida?

Gonzalez: Deixando que elas comam tranquilas. Jamais insistir, obrigar, prometer, ameaçar, instigar, enganar, chantagear, premiar ou distraí-la para que ela coma.

UOL Gravidez e Filhos: O senhor acredita que exigimos muito das crianças: que durmam a noite toda, que não chorem, que se comportem sempre?

Gonzalez: Na Espanha, a situação das crianças mudou drasticamente em poucas décadas. Eu não fui para a escola até os seis anos. Agora, a maioria das crianças espanholas vai para a creche antes dos seis meses e come lá desde o primeiro dia. As pessoas daqui acham que isso é normal, porque não conheceram outra realidade, mas não é normal. Na Alemanha e nos países escandinavos, poucas crianças frequentam o jardim de infância antes de três anos.

Nunca as crianças ficaram tanto tempo separadas de seus pais, desde o começo dos tempos, como agora. Não foi assim na Renascença ou Idade Média, não era assim no tempo dos romanos ou dos fenícios. As crianças de hoje, pelo menos na Espanha, são as que passam mais tempo longe de suas mães e sozinhas em toda a história da humanidade. E ainda há quem tenha coragem de dizer que as crianças de hoje são mimadas.

Ana Castro
DO UOL, em São Paulo

Retirado do Site Uol Mulher


Então é isso meninas, acho que me encontrei mais nesse método.

Mil bjus!


3 comentários :

  1. Tenho de te falar: o berço da Stella fica desde sempre no meu quarto e mesmo com as críticas eu e meu marido não temos a minima intenção de tira - la de lá. Aqui também rola criação com apego, as necessidades da Stella estão acima de qualquer coisa, e sei que ela não vai ser mimada, vai ser amada.
    Parabéns Lorena tá linda

    Bjoo

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  2. Aqui também muito apego colinho nino para dormir e coloco no berço cama compartilhada não fiz por medo de machucar nos mexemos muito e como demorei para tira lo do meu quarto 4 meses por q o carrinho ja esta pequeno mesmo com colchonete mantas acheii desconfortável ,colo amor dengo não estraga forma pessoas felizes e amáveis bjo

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  3. Nunca tive dúvidas, mesmo quando era tentante, que daria muito amor, colo, carinho e mimos para meus filho ou filha. a menos maneira de educar e criar é com sentimentos bons, com abraço, beijo, contato, carinho. e assim teremos crianças e adultos carinhosos, sensíveis, apegados à gente.
    Nunca tive dúvidas que criar sem apego não é a melhor coisa.
    amo dar colo, dormir junto, dar muito beijo e abraço.
    E a receita tem dado muito certo. Temos uma filha carinhosa, querida, falante, comunicativa, educada. E tudo isso estamos colhendo juntos pela forma como educamos!
    é simples!
    Bjo!
    PS: Lorena está cada dia mais parecida contigo! Linda demais!

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